De que estamos falando quando falamos sobre well-being?
Como funcionária de uma escola, a professora só tem controle das condições de trabalho dela até um certo ponto. Por exemplo, em muitas escolas, você poderá enfeitar a sala do jeito que quiser, mas em qual sala você fica, se tem janela ou não tem, os móveis que a sala precisa ter e o tipo de mesa e cadeira das crianças, você não escolhe, simplesmente recebe.
Dentro da sua realidade apresentada, se você tem 30 alunos sozinha ou se tem 8 com uma assistente, você tem algumas escolhas. A realidade e as condições de trabalho de uma professora bilíngue no Brasil são super diferentes dependendo do estado em que mora e se a escola é rural ou dentro de uma grande metrópole. E, só porque uma professora trabalha em uma escola particular, não significa que as condições de trabalho são melhores para ela do que para a que trabalha em escola pública. É preciso avaliar bem a escola e as condições de trabalho que você vai ter que enfrentar ao aceitar qualquer emprego. Existe uma escola perfeita com condições incríveis de trabalho? Não. Entretanto, só você sabe o que você aguenta viver e seus limites pessoais e profissionais. Tendo esse autoconhecimento, você poderá entrar num trabalho sabendo muito mais do que você sabe agora.


Por exemplo, uma professora poderá tolerar ficar sozinha com 20 crianças de 4 anos, mas não tolera uma sala sem janela. Outra professora pode tolerar uma sala sem janela, mas não tolera uma escola que adota livro didático para crianças de 3 anos. Outra pode tolerar trabalhar 12 horas por dia, mas não tolera a escola não tratar a ela e seu filho como qualquer outra mãe da escola. Todas nós temos limites diferentes, conheça os seus!
Quais são seus non-negotiables?
E se você está dentro de uma escola e coletivamente com seus outros colegas de trabalho, vocês não se sentem confortáveis com algo que você identifica que possa ser mudado ou se tem um tipo de comportamento ou procedimento que fere o bem-estar das professoras ou das crianças na escola, é hora de vocês se mobilizarem para tentar efetuar mudanças positivas no bem-estar de vocês – sempre de maneira respeitosa e que eduque os outros. Se vocês se calarem na escola, é muito provável que mudanças necessárias não aconteçam.
Além disso, se você decidir sair do seu emprego atual por conta de algo que feriu seu bem-estar profissional, é importantíssimo que você comunique e registre por escrito para uma pessoa da direção que você acha que possa escutá-la. Na saída de um emprego, você tem uma liberdade de expressão que muitas vezes a professora que fica não tem, até por medo de perder o emprego. Faça essa comunicação com muita cautela, escolha bem as palavras, não seja agressiva, pois palavras agressivas não efetuam mudanças positivas, use exemplos e dados se tiver, mas faça!
Tudo isso pensando nas condições de trabalho em que você não tem controle. Mas e a parte que você tem controle?
Aí é onde nós queremos agir, na parte que a professora tem controle. Aos domingos, lá no Instagram, paramos para pensar no bem-estar da professora no âmbito do controle dela. Pois só ela controla seu sono, o que come e bebe, o que lê e o que não lê, como ela se sente e o que ela faz com seus sentimentos, e muito mais. Tudo isso tem um efeito direto no bem-estar do seu dia no trabalho e com as crianças. E é sobre esse lugar de poder que a professora tem, que muitas vezes ela não sabe, que nós da Bilinguistas falamos aos domingos no nosso canal do Instagram.
Então, se você ainda não nos segue, aperte o botão para começar a nos seguir. Se hoje não é domingo, você pode ir para o destaque sobre Teacher Well-being e começar a ver o que estamos falando quando mencionamos Teacher Well-being. É o que você tem poder, sem esquecer de refletir sobre as condições de trabalho sobre as quais você não tem controle.
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